Vacina contra o HPV diminui o número e gravidade de lesões precursoras de cancro do colo

Foi publicado mais um estudo demonstrando a eficácia das vacinas contra o HPV, no "mundo real". Se não restava dúvida relativamente à mesma em condições experimentais, apenas com o tempo saberemos qual o real impacto. Os vários estudos que têm sido publicados, têm vindo a confirmar o já esperado: elevadíssima eficácia no mundo real.
Este estudo foi publicado no último número do Obstetrics&Gynecology e avaliou 1662 mulheres com menos de 26 anos e referenciadas para colposcopia. Concluiu-se que aquelas que fizeram, pelo menos, uma dose de vacina, tinham 53% menos probabilidade de se apresentar com uma citologia com alterações de alto grau e 36% de ter uma lesão de CIN2 ou superior.
Certamente que a idade da população é um viés do estudo (mulheres jovens têm mais lesões, mas o seu significado clínico é menor - maior probabilidade de regressão), mas, para realização de estudos com mulheres mais velhas será preciso aguardar.
Um dos pontos interessantes e tranquilizadores, é o facto de os resultados serem independetes do número de doses de vacina.
De relembrar que a vacina deve ser tomada por todas as mulheres até aos 26 anos e ponderada caso a caso a partir dessa idade. Importante também manter em mente, apesar dos resultados referidos, que devem ser sempre realizadas as três doses, se a mulher tiver 14 ou mais anos.