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Pedro Vieira Baptista

Novidades e Desafios em Vaginites e Microbioma Vaginal

  • Foto do escritor: Pedro Vieira Baptista
    Pedro Vieira Baptista
  • 27 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jun.

Pedro Vieira-Baptista

Resumo da apresentação proferida no 8th Red House Forum – Shanghai, 21 de Junho de 2025


Desafio 1 – O diagnóstico das vaginites

  • O principal desafio continua a ser o diagnóstico clínico empírico, que leva a:

    • Cerca de 50% de erros ou falhas no tratamento.

    • Utilização limitada de métodos objectivos como microscopia, testes enzimáticos ou moleculares.

  • O exame microscópico a fresco deve ser considerada uma competência básica, mas é pouco usada por:

    • Falta de formação, tempo, equipamentos e incentivos económicos.

  • Soluções recentes e em desenvolvimento:

    • Testes automatizados (ex: Gyni™)

    • Painéis moleculares validados (Seegene™ Allplex vaginitis, BD Max, etc.)

    • Diagnóstico rápido e auto-colheita



Desafio 2 – As vaginites "desconhecidas"

  • Algumas condições continuam mal compreendidas ou ignoradas:

    • Vaginite citolítica, leptothrix, vaginite descamativa inflamatória

  • Vive-se uma "espiral de silêncio" científica, que limita publicações sobre temas considerados “não interessantes”.

  • Há um apelo à abertura da comunidade científica a etiologias negligenciadas e diagnósticos menos convencionais.


Desafio 3 – Necessidade de novos tratamentos

  • Candidíase recorrente e causada por espécies não-albicans, continua a ser de difícil tratamento:

    • Novos fármacos como ibrexafungerp e oteseconazol têm limitações de uso e disponibilidade.

  • Vaginose bacteriana:

    • Estudos mostram alguma eficácia do tratamento simultâneo do parceiro masculino na redução de recorrência.

    • Probióticos como o Lactin-V (Lactobacillus crispatus) apresentam resultados promissores, mas limitados.

  • Futuras terapias potenciais:

    • Transplante de microbioma vaginal, fagoterapia, endolisinas, zinco, vacinas, etc.


Desafio 4 – Dogmas sobre o microbioma vaginal

  • Questiona-se o dogma de que a é necessário haver sempre dominância por lactobacilos na vagina:

    • Crianças, mulheres pós-menopáusicas ou a amamentar habitualmente não têm dominância por lactobacilos.

    • Nalgumas populações, metade das mulheres assintomáticas têm uma vaginose bacteriana.


  • A investigação em microbioma precisa de:

    • Superar limitações metodológicas e estatísticas

    • Reconhecer que não existe um microbioma vaginal "normal" universal

    • Integrar metagenómica, transcriptómica e personalização


Conclusões

  • A abordagem atual ao diagnóstico e tratamento das vaginites continua insatisfatória.

  • O futuro passa por:

    • Melhor formação e uso de técnicas objetivas no diagnóstico

    • Validação clínica rigorosa de novos testes

    • Investigação mais aberta a novas entidades e abordagens

    • Superação de dogmas na compreensão do microbioma

 
 
 

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Caroline Oliveira
28 jun
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